O botão através da história: de joia a símbolo de estilo

Imagine um elemento do vestuário que hoje é considerado simples, mas que já foi tido como uma joia e só podia ser utilizado por pessoas de alta classe. Difícil de imaginar, certo? Mas esse é um resumo da história do botão. Ficou curioso para saber mais? Então continue lendo e nos acompanhe através dessa história impressionante!

Os primeiros botões

Os primeiros objetos semelhantes aos que atualmente conhecemos como botões eram usados como ornamentos ou selos – bem diferente da forma que os utilizamos hoje, para unir duas partes de tecido -, e foram encontrados em ruínas da civilização do Vale Indo. Os objetos datam da fase Kot Diji (2800–2600 aC) e eram feitos de conchas para ornamentar as vestimentas, muitos deles esculpidos em formas geométricas e com furos para prendê-los às roupas com linha.

Segundo o estudioso Ian McNeil cita em “An encyclopedia of the history of technology”, eles não eram usados em fileiras, mas distribuídos isoladamente como verdadeiros enfeites. Além disso, também existem relatos que antigas civilizações do Egito utilizavam botões feitos em metais preciosos para ornamentar perucas com faixas.

O botão na Idade Média

Pode parecer estranho, mas as roupas não eram fechadas com botões na Idade Média. Até por volta do século XIII, as peças dos europeus eram presas com broches, fivelas ou laços. Isso só começou a mudar quando os primeiros exemplares funcionais começaram a surgir na Alemanha e, gradualmente se espalharam pelo restante da Europa. Mas é importante lembrar que eles eram muito refinados e nada acessíveis.

Os botões eram tão revolucionários que podiam significar status, já que foi criada uma legislação própria para restringir o uso dos artigos. A lei suntuária foi criada para restringir o consumo de alguns itens considerados nobres, como o botão. Ela era utilizada para manter a hierarquia na época e a moda era um dos principais meios de distinguir quem era do alto escalão e quem não era.

Uma joia do vestuário

Símbolos de luxo, assim eram os botões no século XIV. Nas roupas masculinas, eles eram costurados em uma grande extensão das mangas, desde os cotovelos até os pulsos. Já nos vestidos femininos, eles partiam da a linha do pescoço e iam até a cintura.

Os botões eram fabricados majoritariamente em materiais nobres, como ouro, prata ou marfim, indicando a riqueza de quem o ostentava. Essas matérias-primas eram muito caras e de difícil acesso, por isso, somente as família mais nobres conseguiam ornamentar suas vestimentas com botões.

Enquanto isso, as peças mais comuns eram feitas com ossos ou madeiras, materiais resistentes, mas extremamente baratos.

A popularização do botão

A primeira revolução industrial que começou na Inglaterra (século XIX) foi um dos impulsos para grandes mudanças na forma de produzir e consumir artigos de moda. Além disso, nessa mesma época o marfim começou encarecer, e os botões passaram a ser produzidos com um “marfim vegetal” feito de uma palmeira da América do Sul: o Corozo (que segue sendo utilizado até os dias atuais). Essas transformações ajudaram a popularizar o aviamento, que se tornou mais barato.   

As transformações tecnológicas

Nos primórdios, os botões eram confeccionados de maneira artesanal, peça por peça. Com o tempo, os materiais utilizados foram se tornando mais baratos e a produção foi evoluindo. Ainda assim, o plástico demorou para se tornar um personagem relevante nesta história e só entrou em cena a partir de 1860.

Aqui na Rech Botões e Componentes, produzimos apenas botões em metais que não enferrujam e asseguram mais durabilidade às peças que são ornamentadas por eles. Além disso, nossa produção é totalmente automatizada e cada exemplar pode ser personalizado da forma que faz mais sentido para cada projeto.

Com isso, levamos a diante o legado tão bonito dos botões, que, para nós, ainda é considerado um artigo nobre e que engrandece as peças que fazem parte!